sábado, 19 de março de 2011

O ódio é como carvão


Certa vez, um garoto chegou ao seu pai, quando esse concertava a porta do guarda-roupa de casa, e muito nervoso disse:

“Pai, eu vou bater no Guilherme...”

“O que aconteceu meu filho? Por que essa raiva toda?” Disse seu pai.

“Ele pegou meu carrinho sem minha permissão e me entregou quebrado. Agora não tem mais concerto. Eu vou sim bater nele... Que raivaa!”

O seu pai vendo a fúria do garoto, sorriu e disse:

“Filho, você sabe que não deve revidar o mal com o mal... Sei que está nervoso, mas antes de fazer qualquer coisa contra seu irmão, faça-me um favor.”

“Um favor?” Perguntou o garoto surpreso por não tentar dete-lo.

“Isso filho, venha comigo” Disse seu pai tocando-lhe o ombro.

O pai levando lhe ate a varanda, lhe mostrou um pacote de carvão.

“O que foi pai?” Perguntou o garoto em entender.

Seu pai abriu o pacote com calma e disse:

“Quero que você pegue todo esse carvão e atire naquela blusa branca presa no varal. Quero que demonstre toda a sua raiva contra o seu irmão. Você pode fazer isso meu filho?”

“Bom!” Disse o garoto sem entender nada.

“É claro que posso. Se aquele é meu irmão vou atirar com toda minha força! É só isso?”

Seu pai, com simpatia, disse:

“É só isso meu filho. Assim que você terminar me avise, ta bom?”

E o garoto começou á atirar todo o carvão contra aquela blusa branca no varal. Ele jogava com toda a sua força... Atirava os pedaços maiores de carvão que havia no pacote. Ficou ali atirando aquele carvão por vários minutos. Até que já não havia mais carvão para atirar.

O garoto pegou o pacote vazio e a blusa e correu ate seu pai no quarto.

“Pai, pai... Eu terminei... joguei todo aquele carvão nele... Nossa! Foi muito bom!” Disse o garoto satisfeito com o que fez.

Seu pai, então lhe perguntou;

“Você se sente melhor agora meu filho?”

“Claro pai. Ele merecia tudo aquilo. Sinto-me muito melhor.” Respondeu o garoto cansado de tanto atirar carvão.

Seu pai se levantou do chão, abriu a porta do guarda-roupa já concertada, e pegou um espelho grande e o colocou diante do garoto, que levou um susto e ficou perplexo por que tudo o que podia ver era seus dentes brancos e seus olhos.

“Nossa! Caramba! Eu to todo preto de carvão. Como isso foi acontecer?!!”

Seu pai, depois de dar gargalhadas, o olhou nos seus olhos e disse:

“Meu filho, enquanto o ódio que estava em seu coração o fazia pensar apenas em machucar o seu irmão, você não conseguia ver o mal que poderia fazer á você mesmo. Você não percebeu que você se sujou mais do que aquela blusa branca no varal.”
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Esse é o resultado do ódio em seu coração. Ele faz você concluir que sempre está certo. Ele faz você se sentir bem apenas fazendo ou revidando o mal contra alguém.

Entenda meus amigos que a vingança não nos faz diferentes do homicida ou do assassino. A vingança causa mais dor e mais sequelas do que a perda de alguém. Por que a vida é feita de relacionamentos e qual é o relacionamento que o ódio pode construir. Enquanto existir o ódio, não haverá relacionamentos e, consequentemente, não haverá felicidade.

A maior prova de amor se dá no momento em que você pode escolher revidar o mal com o mal ou com o bem. Por que o que importa não é o que fizeram á você, mas sim o amor e o valor que por muito tempo você declarou ter por alguém e agora pode provar ser real.

“O amor tudo sofre... tudo suporta...” (I CO 13:7)


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